segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Primeiro, não queremos perder

É lógico não querer perder.

Não deveríamos ter de perder nada:
Nem saúde, nem afetos, nem pessoas amadas.

Mas a realidade é outra:
Experimentamos uma constante alternância de ganhos e perdas.

Segundo:
Perder dói mesmo.
Não há como não sofrer.
É tolice dizer não sofra, não chore.

A dor é importante.
O luto também.

Terceiro:
Precisamos de recursos internos para enfrentar a tragédia e a dor.
A força decisiva terá que vir de nós, de onde foi depositada a nossa bagagem.
Lidar com a perda vai depender do que encontrarmos ali.

A tragédia faz emergir forças inimagináveis em algumas pessoas.
Por mais devorador que seja, o mesmo sofrimento que derruba faz voltar a crescer.

Quando é hora de sofrer não temos de pedir licença para sentir, e esgotar, a dor.
O luto é necessário, ou a dor ficará soterrada, seu fogo queimando nossas últimas reservas de vitalidade e fechando todas as saídas.

Aprendi que a melhor homenagem que posso fazer a quem se foi é viver como ele gostaria que eu vivesse: bem, integralmente, saudavelmente, com alegrias possíveis e projetos até impossíveis.

Recebi essa mensagem no meu e-mail logo após minha vó Edir falecer.
Lya Luft

Sempre que me sinto triste leio ele, por isso quis compartilhar com vocês que já passaram, estão passando por isso, ou que um dia iram passar.

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Bjs